Há alguns anos, jogos eletrônicos eram restritos ao universo infantil e juvenil e aos consoles conectados à TV. No caso dos jogos online, as disputas só eram possíveis através dos computadores que, em sua maioria, só existiam nas quase extintas lan houses.
Hoje, entretanto, a realidade é completamente diferente: a sociedade e a tecnologia avançaram tanto que os jogos eletrônicos passaram a ser bem mais que diversão: eles são uma modalidade esportiva que cresce cada vez mais em todo o mundo e que ganha cada vez mais adeptos e investidores.
O que são os esportes eletrônicos ou Esports?
Consistem em uma modalidade esportiva na qual jogadores, sejam eles profissionais ou amadores, disputam competições dos mais variados jogos. As disputas podem acontecer tanto em equipes quanto individualmente. Vamos conhecer alguns desses jogos:
1 – Dota 2
Com 62 competições, teve uma distribuição de US$ 47 milhões em prêmios. O mundial, The International, considerado o mais diferenciado por contar com a colaboração dos próprios jogadores, foi responsável pela distribuição de US$ 40 milhões, consolidando-se como o campeonato e o jogo de maior rendimento.
2 – CS:GO
O Counter-Strike: Global Offensive distribuiu US$ 14,6 milhões em premiações. É o jogo que mais recebeu competições no ano, com 366 torneios.
3 – Honor of Kings World Champion Cup
Sucesso absoluto na China, o Honor of Kings World Champion Cup 2021 distribuiu US$ 7,7 milhões em premiações.
4 – PUBG
O PUBG, primeiro Battle Royale de grande sucesso, teve um rendimento de US$ 7,9 milhões em 10 torneios.
5 – Fortnite
O jogo da Epic Games teve um rendimento de US$ 6,7 milhões em prêmios em 37 campeonatos. Entre as competições com maiores premiações, o destaque é da Fortnite Champion Series.
6 – PUBG Mobile
A versão para celular do PUBG também se destaca, distribuindo US$ 6,1 milhões em 10 competições. O PUBG Mobile Global Championship 2021 foi a competição que mais distribuiu prêmios, com um total de US$ 1,2 milhão.
7 – Call of Duty: Black Ops Cold War
O game distribuiu US$ 5,7 milhões em 47 competições e a Call of Duty League Championship 2021 também lidera a lista das competições com maior premiação no ano, com US$ 2,5 milhões.
8 – Rainbow Six Siege
Sucesso no Brasil, o game distribuiu US$ 5 milhões em 32 campeonatos e os 15 jogadores mais premiados são brasileiros.
9 – League of Legends
O jogo da Riot Games teve um total de US$ 4,9 milhões distribuídos em 62 campeonatos.
10 – Valorant
Outro jogo da Riot Games que se destaca com U$S 4,6 milhões distribuídos em premiação de 172 campeonatos.
Mas esses jogos são considerados modalidades esportivas?
Não há dúvidas de que essa modalidade de disputa é um esporte, por mais que não envolva atividades físicas: os atletas do Esport dedicam horas a treinamentos, preparo, disciplina e todas as outras ações comuns a atletas de esportes convencionais.
As atividades dos Esports no Brasil já são, atualmente, regulamentadas por uma organização: a Confederação Brasileira de Esports, cujo objetivo é estabelecer parâmetros para que determinado torneio possa ser considerado profissional. Há, inclusive, clubes de futebol brasileiros com times de Esport, como o Flamengo, por exemplo.
O mercado dos Esports se encontra em constante ascensão, envolvendo quantias milionárias voltadas para patrocínios e premiação dos participantes. Dados apontam que, somente no Brasil, a audiência desses torneios ultrapassou os 24 milhões de pessoas somente no ano de 2020.
Para que campeonatos presenciais como esses aconteçam de forma organizada e assim possam trazer para o seu público, jogadores, colaboradores e parceiros um espetáculo onde todos queiram ter a oportunidade de participar deles e dos próximos que virão, são necessários: palcos dinâmicos, efeitos de luzes e animação, equipes especializadas em som, produção de conteúdo, captura de imagens, bastidores e outros vários elementos que compõem os principais campeonatos de Esports no Brasil.
Como são transmitidos os campeonatos de Esports?
Antes da pandemia de COVID-19, muitos campeonatos de Esports contavam com espectadores de forma presencial, que lotavam estádios para assistir às partidas e torcer pelos seus jogadores e equipes prediletas.
Tudo isso foi necessário ser deixado de lado por um longo tempo devido ao COVID-19. A OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou estado de pandemia, recomendando a todos os países do mundo a adotarem medidas restritivas de circulação, a fim de conter o avanço de contaminação.
Hoje, essas partidas podem ser acompanhadas ao vivo em qualquer lugar do mundo, através dos famosos streamings.
Mas, para que isso fosse possível, todas as operacionalizações de campeonatos de Esports tiveram que passar por reestruturações e, em alguns casos, paralisações temporárias, para terem tempo de se adaptarem e criarem medidas de segurança para garantir a integridade competitiva dos torneios e segurança de todos os envolvidos.
As empresas que transmitiam esses torneios enfrentaram novos desafios, entre eles tomar medidas para transformar os megaeventos presenciais em transmissões ao vivo que trouxessem ao público a mesma emoção e qualidade. Veja algumas etapas que se fizeram necessárias para essa adequação:
Gestão Estratégica – Considerando as alterações no ambiente externo
Levando em consideração as alterações no ambiente externo (lockdown), foi necessária uma análise crítica do que realmente era preciso ter e fazer para entregar a transmissão na mesma qualidade, pontualidade e efetividade da operação presencial.
Segurança – Para a entrega de um serviço de qualidade
O próximo passo era garantir que todos os envolvidos na operação de campeonatos de Esports conseguissem executar suas funções dentro de suas casas. Ir aos estúdios não era uma opção. Portanto, entrou em jogo o levantamento das ferramentas necessárias para a operacionalização: Computadores, cabos, softwares, conexão com a internet, etc.
Todos esses fatores foram considerados e apresentados aos colaboradores, para que dessa forma eles oferecessem a mesma qualidade de serviço que teriam em um evento presencial.
Adaptação – Novos processos
Talvez a etapa mais difícil. Porque quando falamos de adaptação nesse contexto, estamos falando de criar novos processos e reformular os antigos.
A comunicação com os times, contas de jogadores, servidores, slots, cortes de cenas, produção de conteúdo, playtesting e outros processos que devem ser modificados ou criados para se adequar à uma nova realidade.
Resiliência – Mudanças tendem a sofrer resistências.
E isso é natural. Com a operação de campeonatos não seria diferente. Algumas coisas tiveram que ser postas em segundo plano em detrimento de outras. Empresas e público tiveram que ser firmes frente aos mais variados desafios que surgiam. Não havia mais um “teto sobre nossas cabeças’’ ou um “chão sobre nossos pés”. Tudo haveria de ser mudado para garantir a realização e a entrega de uma transmissão onde o público já estava habituado a ir até ela e não ao contrário.
A única certeza que as empresas responsáveis pela transmissão desses campeonatos tinham, era que somente em um ambiente propício à cooperação, confiança e parceria, iriam conseguir entregar transmissões de igual qualidade à uma operação presencial.
É bom lembrar que, essas quatro medidas só são algumas dentre tantas outras que tiveram que ser tomadas. Afinal, fazer a transição de uma operação presencial para a remota é um procedimento que exige pensar estrategicamente quais são os limites e possibilidades que envolvem todo o processo.
Todos sentiram falta do palco, dos jogos de luzes, efeitos especiais e a troca de energia que somente uma transmissão presencial nos proporciona. E isso aos poucos voltou. Esse tempo de pandemia nos serviu como um aprendizado para melhorar e aprimorar nossa forma de trabalhar. Nos mantendo atentos e firmes frente aos desafios que vão aparecendo ao longo do caminho.
A Whido passou pela transição de Operações Presenciais para Remota durante este período e tem capacidade de fornecer as ferramentas necessárias para a realização de uma transmissão profissional da sua empresa ou marca. Entre em contato conosco e fale com um dos nossos especialistas!
